Aceitar ...

11-01-2019

Muitas vezes nos perguntamos: " Onde foi que errei ? Onde foi que eu perdi o rasto da minha própria sabedoria, e me deixei guiar por outra coisa qualquer que não ela...? "

A resposta a isto surge, no meu ver, quando interrompemos com o exercício de nos culparmos a nós mesmos pelo que aconteceu, ou não aconteceu. E iniciamos o processo de aceitar. Aquilo que foi - se o foi - é porque precisava ser. Ponto final.

Algures num qualquer dicionário, importante para mim, li isto: " Todas as coisas do Universo são nossos professores." Faz sentido?

E sermos gratos por tudo o que nos aconteceu - de bom e menos bom - , ou que não aconteceu, de todo? Também faz sentido?

Pois para mim, sim. Para mim, tudo - o que me feriu um dia, tudo o que não aconteceu e eu acreditava que tinha de acontecer, tudo o que me decepcionou, tudo o que contribuiu para edificar os meus alicerces, estruturar as minhas raízes e desenvolver a minha inteligência emocional - serviu para me construir. Como ser humano, e parte integrante de um Todo.

Se eu pudesse, se estivesse ao meu alcance contribuir para o desenvolvimento emocional daqueles que o procuram, eu diria: Deixem-se guiar por vocês mesmos, procurem dentro de vós a vossa própria verdade, façam as perguntas certas às pessoas que não gostam de explicar tudo, devolvam carinho em resposta à arrogância de quem não sabe ser melhor, ensinem um sorriso a quem não o tem porque nunca o recebeu de alguém. Sejam melhores do que aquilo que vos rodeia, e a frequência à vossa volta começará a progredir, a subir de nível e a evoluir. Ao mesmo tempo, e em sintonia com o nosso próprio desejo de evoluir.

Alguém disse: " Sejam a diferença que querem ver no mundo." Que quer isto dizer então? Poderá ser que, enquanto não nos mudarmos a nós mesmos, não poderemos ver a mudança nos outros? Fará sentido? Pois para mim, sim. Se, e só se, eu não me mantiver dependente da mudança nessas pessoas para me sentir bem, feliz e tranquila. Aí está o truque.

Alguma arrogância aqui? Penso que não. Porquê? Porque cada um tem o seu tempo certo de mudança. E não me compete a mim, a nenhum de nós, desejar acelerar esse processo tão íntimo e individual de cada um. Todos temos o nosso próprio percurso a percorrer. Nada a fazer sobre isso. Mas não permitir que isso nos cause sofrimento.

Acredito sempre que "o meu melhor, será sempre suficiente". Fazemos o que podemos com aquilo que temos naquele momento, naquela fase das nossas vidas, e naquele contexto. Vamos por isso deixar de apontar dedos ao outro só porque sabemos que aquilo não foi correcto. Cada um tem o seu tempo... e ninguém, à luz da eternidade, é melhor do que alguém. Nunca se esqueçam disto.

Não poderei subestimar o quão difícil é consegui-lo. Pois antes de estarmos aptos a aplicar no mundo a diferença que lhe queremos ver, precisamos reconhecer em nós, os nossos próprios defeitos. Sim, esses incomodativos hábitos que parecem nascer connosco e nos transtornam a vida tantas, e repetidas vezes. Difícil, não é?

Mas não é impossível. E sabem outra coisa? O primeiro, mais importante e devastador passo é este QUERER reconhecer que há coisas para melhorar em nós. Depois disso, abençoada humanidade, tudo deslinda como rodas mágicas feitas de luz, cor e muita melodia :)

Joana Fonseca

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